Intervenções sociais no autismo e as restrições da pandemia – Por Lucas Géo
A socialização é a dificuldade central no autismo, causador de um grande impacto negativo no desenvolvimento da pessoa, levando a exclusão, prejuízos acadêmicos, no trabalho e na área afetiva. Somado a isso, temos que adotar medidas de distanciamento devido à situação da pandemia de COVID-19, o que já deixa a socialização mais difícil.
A psicologia mais moderna tenta sair do formalismo do consultório e realizar intervenções ao ar livre, no mundo real onde o paciente realmente existe e interage. Somado a isso, uma ferramenta que pode ser extremamente útil são sessões em duplas ou em grupos de pacientes. Já é comum vermos com as crianças menores a formação de duplas terapêuticas para trabalhar de forma lúdica habilidades sociais.
E com os adolescentes e adultos? Também é possível realizar atividades como as clássicas terapias em grupo, ou até coisas mais fora da caixinha, como atividades esportivas (trilhas e escaladas, que é minha praia), projetos comunitários (hortas e jardins públicos) ou ações de caridade.
As barreiras são muitas e a pandemia é a maior neste momento. Com o avanço da vacinação e, se tudo der certo, um controle da doença, poderemos retomar passos mais fortes na direção destas intervenções.
A formação de um senso de COMUNIDADE entre autistas pode ser outro diferencial como produto destes encontros.
Que tipo de ações sociais ou coletivas vocês acham que seriam interessante de promovermos?