Ambiente comunicativo e os 5 maiores erros que cometemos na tentativa de estimular – Por Patrícia Reis Ferreira

autsQuando a criança não tem uma boa comunicação, é comum as pessoas que a rodeiam, e até mesmo alguns profissionais exigirem em excesso que ela se comunique através da fala, provocando irritabilidade, estresse e mau comportamento. Se ninguém se comunica bem, em um ambiente estressante, já pensou uma criança com dificuldades na aquisição da fala e no desenvolvimento da linguagem?

Abaixo, alguns erros comuns de serem observados, que atrapalham a comunicação por deixar o ambiente comunicativo pouco amistoso. Apesar desses erros, quase sempre ocorrem na tentativa de acertar, eles devem ser evitados, já que notamos que em ambientes mais agradáveis a criança desenvolve melhor a comunicação:

  • Exigir que a criança peça aquilo que ela não quer: O desejo tem que vir dela! Ela deve solicitar itens interessantes para ela naquele momento;
  • Durante a interação, falar e responder pela criança: isso tira a oportunidade dela de se comunicar, provocando um desequilíbrio no espaço comunicativo. Evite falar em excesso;
  • Desvalorizar a comunicação não verbal: Em vários momentos todos nós nos comunicamos por gesto, expressões faciais e contato ocular. A intenção de comunicar da criança, por qualquer meio (verbal, vocal ou gestual) é o grande trunfo que temos para desenvolver a comunicação funcional;
  • Tirar o objeto de desejo de perto da criança, e só devolver se ela pedir falando: precisamos criar estratégias para que a criança solicite objetos sim! No entanto, se fazemos isso, sem dar o suporte necessário que a criança precisa, coerente com o nível de desenvolvimento de fala e linguagem dela, provocamos estresse e o pedido verbal não acontece, ou acontece de forma forçada, muitas vezes por meio da repetição, o que pode influenciar negativamente na ecolalia;
  • Exigir muito além do que a criança é capaz de pronunciar: Isso é frustrante, e pode levar a criança a se calar, ao invés de falar mais.

Mas como saber qual é o ponto do desenvolvimento da criança, qual a forma adequada de intervir e qual é o nível de exigência ideal para aquele momento do desenvolvimento???

Peça orientação a um fonoaudiólogo com experiência no TEA. Ele avaliará a criança de forma a observar esses aspectos, e orientará sobre a melhor forma de intervir nas diversas situações.

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